Para falar nada
O que mais tenho visto é gente cheia de razão. Culpa do Google.
Qualquer um fala sobre biotecnologia e outros assuntos como se fossem
cientistas. Faz parte. A gente sabe bem o que desce do cérebro antes
de chegar à boca. Muita gente não.
Vira e mexe ouço certezas das mais absurdas. Pouca gente assume que
não sabe. O excesso de confiança transforma cidadãos interessantes em
plenos idiotas, de corpo, alma e coração.
Dando uma volta ali nos 30, quando minha avó nasceu, vejo muita coisa
que não vivi. Ela fala(va) cheia de si, daquelas tantas histórias. Se
era verdade ou mentira, não importa. Era minha avó, ué. Nela eu
acredito. Agora, um amigo ou colega impor a certeza, cheio de
propriedade, fica meio confuso.
Eu admiro pessoas confiantes. O problema é o excesso.
É vergonha alheia ouvir, ver e vivenciar a gafe de um ser supremo,
quase sempre discorrendo sobre um assunto banal. O pior de tudo é que
isso virou rotina. Todo dia vejo alguém que não tem o prazer do não
saber, de vivenciar o estalo que o cérebro dá com uma informação
novinha.
Papos de bar cheios de teorias, telefonemas curtos, mensagens gigantes
via celular. É um negócio doido. Todo mundo se conhece pelas mídias
não sociais, mas nunca postam a foto de um mísero “chopp” juntos. Pera
aí, que merda de amizade é essa? É real?
Não perdi o fio da meada da crônica, gente. Só mudei um pouquinho no
último parágrafo para mostrar que sei o que está rolando no mundo.
Eu também quero sentir como é ter sempre a razão.
O que mais tenho visto é gente cheia de razão. Culpa do Google.
Qualquer um fala sobre biotecnologia e outros assuntos como se fossem
cientistas. Faz parte. A gente sabe bem o que desce do cérebro antes
de chegar à boca. Muita gente não.
Vira e mexe ouço certezas das mais absurdas. Pouca gente assume que
não sabe. O excesso de confiança transforma cidadãos interessantes em
plenos idiotas, de corpo, alma e coração.
Dando uma volta ali nos 30, quando minha avó nasceu, vejo muita coisa
que não vivi. Ela fala(va) cheia de si, daquelas tantas histórias. Se
era verdade ou mentira, não importa. Era minha avó, ué. Nela eu
acredito. Agora, um amigo ou colega impor a certeza, cheio de
propriedade, fica meio confuso.
Eu admiro pessoas confiantes. O problema é o excesso.
É vergonha alheia ouvir, ver e vivenciar a gafe de um ser supremo,
quase sempre discorrendo sobre um assunto banal. O pior de tudo é que
isso virou rotina. Todo dia vejo alguém que não tem o prazer do não
saber, de vivenciar o estalo que o cérebro dá com uma informação
novinha.
Papos de bar cheios de teorias, telefonemas curtos, mensagens gigantes
via celular. É um negócio doido. Todo mundo se conhece pelas mídias
não sociais, mas nunca postam a foto de um mísero “chopp” juntos. Pera
aí, que merda de amizade é essa? É real?
Não perdi o fio da meada da crônica, gente. Só mudei um pouquinho no
último parágrafo para mostrar que sei o que está rolando no mundo.
Eu também quero sentir como é ter sempre a razão.
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